quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Flamengo sofre baixas e elenco se mostra frágil


O iníco de temporada não tem sido fácil para o Flamengo. Com a dificuldade de arrumar dinheiro, o clube tem sido obrigado a reduzir o elenco. E nem os principais jogadores estão livres das novas medidas. Com isso, o clima no Rubro-Negro está pesado e a diretoria enfrenta seu primeiro desafio: conquistar a confiança dos jogadores.
No fim do ano, Eduardo Bandeira de Mello foi eleito presidente do Flamengo com a promessa de reorganizar o clube e transformá-lo em uma espécie de clube-empresa. Porém, mal assumiu e já enfrenta problemas recorrentes. O presidente disse que o dinheiro é pouco e o clube tinha bens penhorados para pagar dívidas. Além disso, comentou que as verbas de 2013 referentes à televisão não existiam já que a ex-presidente, Patrícia Amorim, havia pedido o adiantamento do montante.
Para tentar organizar isso tudo e dar uma nova cara ao futebol, Bandeira de Mello contratou Paulo Pelaipe para ser diretor executivo em substituição a Zinho. Pelaipe veio com um regime de disciplina no elenco. Nada de atrasos, nada de empresários no clube, nada de informações vazando. Há quem diga que o novo diretor está no caminho certo, contudo, ele não é unanimidade e algumas de suas atitudes tem deixado o grupo insatisfeito.
A própria saída de Zinho não era desejada pelos jogadores. Mas isso tem uma explicação lógica. Ao contrário de Zinho, que propunha renovações de contratos com salários altos, Pelaipe prega uma redução nos salários. A palavra da vez é "economizar". 
Outro fato é que Pelaipe não trata nenhum jogador como intocável e isso ficou muito claro após a saída de Vagner Love. Além disso, a situação de Liedson, que já foi liberado para negociar com outros clubes, e Ibson, que é tratado como peça negociável, não agrada ao grupo. São três jogadores que tem "moral" com o elenco, mas são tidos como descartáveis pelo novo diretor executivo.
Por fim, até o técnico Dorival Júnior parece desconfortável. O treinador teve um impasse em relação à permanência do preparador físico Celso de Rezende. O profissional é amigo de Dorival e integra a equipe do treinador há tempos. Após uma reunião, Celso permaneceu, mas o clima não parece o mesmo.
Com todas essas perdas (algumas devido à questão financeira), o elenco do Fla fica reduzido e enfraquecido. Um exemplo disso é o ataque que conta com quatro jogadores, sendo três da base do clube. Além disso, a falta de dinheiro pode fazer com que o time sofra novas perdas e encontre dificuldade em reforçar o time. 
Esse é o Flamengo versão 2013. Poucos jogadores, pouco dinheiro, muitos impasses e um clima que parece pesar mais a cada dia. A missão da nova direção não será nada fácil.

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